Este tema do blogue visa a discutir as paleodoxias, nome que a Xenoetologia dá às crenças arcaicas. Seguem alguns exemplos de paleodoxias, com as proposições científicas respectivamente contraditórias:
1. Criacionismo × Evolucionismo.
2. Astrologia × Astronomia.
3. Alquimia × Química.
4. Terra oca × Terra com núcleo.
5. Sistema geocêntrico × Sistema heliocêntrico.
6. Terra plana × Terra redonda.
7. Flogístico × Oxigênio.
8. Éter × Relatividade.
9. Geração espontânea × Microorganismos.
10. Humores (sanguíneo, fleumático, colérico e melancólico) × Sistema circulatório, hormônios etc.
De todas as citadas acima, as duas primeiras continuam com legiões de adeptos. A Alquimia e a Terra Oca tem alguns, nas franjas do extremo esoterismo. E as demais parecem esquecidas. Portanto, concentrarei as primeiras crônicas do blogue na astrologia e no criacionismo.
Notem que a Xenoetologia não está nem um pouco preocupada em debater ou rebater as proposições de astrólogos e criacionistas, como não se propõe a debater a possível existência de Papai Noel ou da Mula Sem Cabeça. Lenda é lenda, não importa se seus crentes são dez ou dez milhões, se são crianças ou adultos, se são silvícolas ou habitantes das cidades.
Interessa, sim, discutir o Inusitado dessas crenças, que se manifesta de múltiplas formas. Por que certas crenças desaparecem depois que são desacreditadas pela Ciência, e outras insistem em permanecer vivas? Por que algumas, como a astrologia, se contentam com a presença na mídia, enquanto outras, como o criacionismo, exigem ser ensinadas nas escolas? Por que os adeptos dessas crenças interpretam literalmente certos trechos de escrituras religiosas, e ignoram outros? Por que ora tentam buscar apoio da Ciência, ora desprezam a evidência científica?
Mas a maior de minhas perplexidades é: Por que alguns são tão silenciosos, e outros tão chatos e barulhentos?
Um comentário:
"Por que alguns são tão silenciosos, e outros tão chatos e barulhentos?"
Verdadeiro grande mistério da humanidade.
Entretanto chatice é tão comum que está longe de ser comportamento inusitado...
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