quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Pergunte ao Zé – I

Muitas pessoas têm dificuldade em entender o que realmente é um Macho. Confusões com os conceitos de Machão e Machista são freqüentes. Para ajudar o público a não confundir alhos com bugalhos e coisas ainda piores, o Zé se dispôs a ajudar os xenoetólogos a compilar um guia prático, na forma de perguntas e respostas.

P.: Zé, é fácil ser macho?

Zé: Se fosse fácil ser Macho, não haveria tão poucos Machos, tanta gente querendo ser, e eu não seria um Árbitro da Macheza. Mas, para mim, é muito fácil. Faço Macheza como Mozart fazia Música.

P.: Zé, saldo conta?

Zé: Não. Se tomou um único gol contra, na vida toda, então é. Aliás, se passa pela cabeça de um homem essa dúvida, é porque já era.

P.: Eu estava vendo ontem a lista de conferencistas de um congresso de informática, e havia um da empresa Macho y Asociados. Será um discípulo do Zé?

Zé: Não. Macho não tem associados. Se ainda fosse Macho y Subordinados...

P.: Por falar em Informática, essa área tem muitos gays.

Zé: Tem. O que é uma boa notícia: é a presença de tantos gays que garante a existência de espaço vital para os machos, aplicando-se a Primeira Lei da Machística. A diversidade de orientações é essencial para evitar a superpopulação de machos, que resultaria em destruição da macheza.

P.: Existem imitadores de machos?

Zé: Sim. Mas só os que passam no Crivo são legítimos, e só esses entrarão.

P.: Entrarão onde?

Zé: Entrarão, ponto.

P.: Você pode dar um exemplo de falsos machos?

Zé: Um caso conhecido é o notório Carlos Massaranduba. Esse cidadão, como se sabe, tenta competir com o Zé pontificando sobre critérios de macheza, mas seu currículo apresenta vários furos (!) comprometedores. A começar, pela união estável que mantinha com o Montanha. Depois, os hábitos de comer tigelinhas de açaí, aquela coisa viscosa, roxinha e doce, e de malhar em academias de saradões.

P.: Então, macho não malha?

Zé: Macho não precisa de malhação nem de dietas especiais; o nível natural de testosterona e o exercício quotidiano da macheza são suficientes para garantir-lhe a boa forma física. E o Massaranduba ainda tinha aquela história de ficar andando por aí com o feroz Saddam, claro sinal de insegurança, incompatível com a verdadeira macheza.

P.: Macho não anda com cães ferozes?

Zé: Macho não só não precisa de passear com pit-bulls, como é impossível segurar uma corda de cachorro sem que a mão adote posição comprometedora. Levar um molosso para fazer número um e número dois, então, é de um ridículo atroz. E se o cachorro for manso, desses que andam soltos, pentelhando os outros, tipo poodle, é pior ainda.

P.: O Zé passa no crivo do Zé?

Zé: Isso é a mesma coisa que perguntar se a velocidade da luz no vácuo é mesmo de 299.792.458 m/s, ou se a a temperatura do ponto triplo da água é de 273,16°K. Essas grandezas têm esses valores pela própria definição, respectivamente, do metro e do grau Kelvin, que fazem parte do Sistema Internacional de Unidades, regulamentado pelo Bureau International des Poids et Mesures (pronunciar corretamente, mas sem fazer boquinha de francês). Esse mesmo Sistema reconhece o Zé como referência padrão de macheza, não sendo o Crivo mais que um instrumento prático de aferição.

Um comentário:

Babs disse...

Zé realmente fazendo grande sucesso no orkut!
O mundo quer saber como ser mais macho!
Zé tem um papel tão ecológico quando Vida Longa, mas, evidente, de cunho diferenciado...