segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Pergunte ao Zé – IV

P.: Zé, existe uma comunidade no Orkut onde os sujeitos questionam se determinadas ações deles são Coisa de Macho, ou não. Isso é válido?

Zé: Se os sujeitos têm a mais leve dúvida quanto à própria macheza, já deixaram de ser Machos, pois dúvida não é coisa de Macho, principalmente dúvida sobre a própria macheza. Ter certeza de que se é Macho é condição necessária para sê-lo, embora não suficiente. Se não têm realmente essa dúvida, mas dizem que têm, só de brincadeirinha, mesmo assim também não passam no Crivo, pois Macho não faz brincadeirinhas.

P.: Mas não existem aspectos da Macheza que são tecnicamente complexos?

Zé: Se a dúvida for realmente técnica, deve-se consultar um profissional, ou seja, este que vos fala.

P.: Zé, homem se assusta?

Zé: Depende. Se for Macho, não.

P.: Uai, macho nunca se assusta?

Zé: Em alguns casos, talvez seja aceitável. Por exemplo, até os sete anos.

P.: Então a macheza é um estado natural? O sujeito nasce macho? Não pode desenvolver a macheza?

Zé: Ninguém é Macho nato. Alguns podem desenvolver a Macheza, o que exigirá muita seriedade, atenção aos detalhes e, principalmente, vigilância permanente. Mas muitos, nem adianta tentar.

P.: Mas atenção aos detalhes é Coisa de Macho?

Zé: O Macho presta atenção aos detalhes do próprio comportamento, mas sem parecer que está prestando. Ao comportamento das mulheres, ele presta a atenção suficiente. Ao dos outros homens, machos ou não, nenhuma.

P.: O Vida Longa pergunta se ele, Vida, pode ser considerado Macho.

Zé: Prezado Vida, lamento informar, mas você é apenas macho lato sensu, como os Asmodeus. O macho stricto sensu não se aproxima de outros homens, machos ou não, e você se aproxima muito. Muito mesmo. Mas não fique triste. Você é realmente uma força da natureza, e presta um excelente serviço ecológico. Se não fosse por você, talvez alguns de seus clientes fossem machos, agravando o problema de superpopulação machística, que para mim é mais grave do que o efeito estufa.

P.: Você concorda com a afirmação do Trinador de que todo jogador de futebol é gay?

Zé: Bem, eu não gosto de ficar frente à TV para ver um bando de marmanjos correndo atrás da bola, dando trombadas, subindo um em cima do outro nas comemorações etc. Aliás, qualquer esporte coletivo de marmanjos. Muito greco-romano. Eu só assisto esportes femininos, principalmente voleibol. Aquelas pernas...

Mas não endosso essa generalização, pois generalização não é Coisa de Macho. Partindo de quem partiu, então, é muito suspeita.

P.: E a mordiscada do Roberto Carlos na orelha do Beckham?

Zé: Realmente, não passa no Crivo. E o Beckham gosta de usar as calcinhas de sua Spice Wife e, que, segundo o Ronaldo, tinha a camiseta perfumada, mesmo depois do Brasil x Inglaterra de 2002... E há também aquela foto tipo Brokeback Mountain. Note-se que o Roberto Carlos parece estar segurando a camisa do Cruzeiro.

P.: O Beckham não deve ganhar um desconto por ser inglês?

Zé: Mais ou menos. Inglês já nasce com uma carga de não-macheza terrível. É como se já entrassem no campeonato com muitos pontos perdidos. Dizem que o último inglês macho teria sido Henrique VIII. Talvez. Mas essa história de ficar mandando cortar a cabeça das mulheres também não passa no Crivo.

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