domingo, 11 de setembro de 2011

Inusitados científicos – III


Famoso cientista infectado

Os perigosos agentes patogênicos da família Faecorator transformam matéria cerebral em fecal, fazendo com que as vítimas sintam terrível compulsão de falar besteiras. São mais conhecidos os casos de contaminação de políticos, esportistas e comunicadores de massa, mas ninguém está imune, nem mesmo cientistas famosos.

O grande cientista James Watson tem sido frequente vítima dos perigosos agentes. Há poucos dias, sofreu um ataque de uma das piores espécies, o Faecorator homossanticus, que transforma todo o lado esquerdo do corpo em um segundo lado direito, levando a vítima a proferir manifestações preconceituosas, racistas, homofóbicas e similares. Devidamente medicado, o cientista se recuperou parcialmente, e pediu desculpas. Mas não sei se as desculpas foram tão sinceras: pouco depois, publicou-se que a análise do DNA dele mostrou que ele tem 16 vezes mais genes de origem africana que o europeu médio.

Em ocasiões anteriores, quando infectado por espécies um pouco menos virulentas, o Dr. Watson proferiu as pérolas que se seguem.

–Sobre a obesidade: Whenever you interview fat people, you feel bad, because you know you're not going to hire them.

–Sobre a conveniência de manipular a genética em prol da beleza: People say it would be terrible if we made all girls pretty. I think it would be great.

–Defendendo a tese de que a melanina favorece o impulso sexual: That's why you have Latin lovers. You've never heard of an English lover. Only an English patient.

A última faz algum sentido, pelo menos quanto os ingleses. Mas, por via das dúvidas, Sherlock Holmes faz questão de esclarecer que é um homônimo do assistente dele.

DNA define sensibilidade a cheiro de suor, diz estudo

Uma pesquisa israelense descobriu que um único gene pode ser a explicação do fato de algumas pessoas serem mais sensíveis ao cheiro de suor enquanto outras parecem não notar o odor. Os pesquisadores do Instituto Weizman descobriram que pessoas que têm pelo menos uma versão do gene chamado OR11H7P funcionando normalmente têm hipersensibilidade a este cheiro. O estudo, publicado na revista especializada PLoS Biology, descobriu que as mulheres são um pouco mais sensíveis a muitos tipos de cheiros do que os homens. Além disso, os pesquisadores descobriram que fatores sociais, além dos genes, também são importantes para o olfato.

O olfato geralmente fica em segundo plano, quando comparado a outros sentidos humanos. Mas os humanos podem perceber até 10 mil odores diferentes. Como no caso dos camundongos, humanos têm cerca de mil genes diferentes apenas para os receptores de cheiros do sistema olfativo. Cerca de metade destes genes ficaram inativos nos últimos milhões de anos. Alguns destes genes são "quebrados" em todas as pessoas, e outros ainda funcionam em outros grupos de pessoas.

Notícia completa: BBC Brasil.

Isso explicaria por que o hábito de tomar banho é impopular em certos lugares?

Teste de LSD em elefante lidera lista de experiências bizarras

Em 1962, o diretor do zoológico Lincoln Park, de Oklahoma, nos Estados Unidos, injetou uma dose maciça de LSD no elefante Tusko, em nome da ciência. Tusko se virou, soltou um berro e morreu em menos de uma hora. A dose era três mil vezes maior do que a usada para fins recreativos. Os cientistas justificaram a experiência, dizendo, na época, que queriam ver se a droga detonaria uma condição que afeta machos da espécie conhecida como "musth", na qual eles se tornam agressivos e soltam uma substância grudenta de odor desagradável de suas glândulas. A experiência concluiu que os elefantes são muito sensíveis ao LSD.

Entre as outras experiências da lista, estão o enxerto de cabeça, ombros e pernas dianteiras de um filhote de cachorro no pescoço de um pastor alemão pelo cirurgião soviético Vladimir Demikhov em 1954. Ocasionalmente, as duas cabeças brigavam entre si. A criatura sobreviveu por seis dias. O cirurgião repetiu a experiência outras 19 vezes durante 15 anos e o animal que viveu mais tempo durou um mês. A conclusão: A rejeição dos tecidos torna os animais incompatíveis.

Há ainda o caso do médico que esfregou vômito fresco de pacientes de febre amarela em ferimentos, e chegou a beber o vômito, para tentar provar, erroneamente, que a doença não era contagiosa. Ele ficou doente e mais tarde foi provado que a febre amarela é altamente contagiosa.

Em 1960, dez soldados americanos foram colocados em um avião e, em seguida, informados pelo sistema de alto-falantes que havia um problema e a nave estava prestes a cair. Uma aeromoça então pediu aos soldados, que acreditavam estar diante da morte certa, que preenchessem um formulário da empresa de seguros. Quando o último soldado entregou a ficha, foi explicado que tratava-se de um teste e que ninguém estava morrendo. A experiência revelou que, sob o medo da morte iminente, as pessoas cometem mais erros ao preencher formulários.

Lições aprendidas, portanto:

1. Não dê LSD ao seu elefante de estimação.

2. Duas cabeças nem sempre pensam melhor que uma, pelo menos quando são de cachorro e partilham um só corpo.

3. Não beba vômito, principalmente de pacientes de doença contagiosa.

4. Quando estiver em risco de morte iminente, tome muito cuidado ao preencher formulários.

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