domingo, 25 de setembro de 2011

Neurônios, estereótipos e piratas

Cientistas 'pintam' neurônios com as cores do arco-íris

Uma equipe da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, utilizou a mais nova técnica de coloração celular para "pintar" neurônios de camundongos com até 90 cores diferentes. As descobertas sobre a nova técnica, que recebeu o nome de brainbow, ou "arco-íris cerebral", foram publicadas na revista científica Nature.

Na experiência, os especialistas americanos usaram uma combinação de várias proteínas fluorescentes para colorir os neurônios. "Da mesma forma que um monitor de televisão mistura vermelho, verde e azul para criar um leque de cores derivadas, a combinação de três ou mais proteínas fluorescentes pode dar várias outras tonalidades aos neurônios", explicou Jeff Litchman, um dos líderes do estudo.

Até agora, as técnicas de coloração cerebral conseguiam obter apenas cinco cores variadas. A tecnologia do "brainbow", no entanto, pode obter até 90 tonalidades ao usar uma técnica moderna que manipula o material genético conhecido como Cre/lox para produzir proteínas fluorescentes nas cores verde, amarela, laranja e vermelho.

Ao ser inseridas nos neurônios individualmente, as proteínas fluorescentes provocaram um explosão de cores, "colorindo" os neurônios de camundongos com dezenas de tonalidades variadas. Além de produzir imagens impressionantes visíveis em microscópio, a técnica pretende auxiliar no mapeamento do circuito do sistema nervoso humano e dar novas pistas sobre a origem de certas doenças cerebrais. "O brainbow deve ajudar a ciência a fazer um mapeamento mais apurado da trama cerebral e do emaranhado de neurônios do sistema nervoso", conclui Jeff Litchman.

Fonte: Agência Estado

Uma excelente notícia para os punks, que não precisam mais limitar suas explosões de cores aos cabelos: chega de beleza superficial, viva a beleza interior. Vejam a foto: puro impressionismo.

E a melhor parte é que, quanto menos neurônios, mais fácil aplicar o brainbow.

Homens emburrecem diante de loiras, diz estudo

Um estudo publicado na revista especializada Journal of Experimental Social Psychology sugere que os homens mudam de comportamento e "emburrecem" para se adequar ao estereótipo da "loira burra". No estudo liderado pelo psicólogo social Thierry Meyer, da Universidade Paris-X Nanterre, o desempenho intelectual dos homens cai quando eles são expostos a fotografias de mulheres loiras.

Os cientistas fizeram testes de conhecimento geral em homens em duas ocasiões, depois de mostrar a eles diferentes fotos de mulheres. Nas experiências, os homens que viram fotos de loiras tiveram resultados inferiores. Os cientistas acreditam que os resultados não foram causados por simples distração causada pelas loiras, mas sim porque, inconscientemente, eles teriam sido contaminados pelo estereótipo da "loira burra".

"Isso prova que as pessoas confrontadas com estereótipos geralmente se comportam de acordo com eles", disse Meyer. "Neste caso, as loiras têm potencial para fazer homens agirem de forma mais burra, porque eles 'imitam' inconscientemente o estereótipo da loira burra." Pesquisas anteriores já mostraram que o comportamento do ser humano é fortemente influenciado por estereótipos. Alguns trabalhos apontaram que as pessoas tendem a andar e a falar mais devagar diante de idosos.

Fonte: Agência Estado

Pois é, foi só falar em neurônios... Mas dizer que a tal contaminação por estereótipos é responsável pelo fato de as pessoas andem e falem mais devagar diante de idosos, parece um tanto forçado. Occam nos sugeriria que as pessoas andam mais devagar para que os idosos possam acompanhá-las, já quem nem sempre são ágeis, e falam mais devagar para que os entendam, já que costumam ter audição pior.

Arqueólogos dizem ter descoberto navio do pirata Capitão Kidd

Uma equipe de arqueólogos submarinos dos Estados Unidos anunciou, na quinta-feira, 13, a descoberta dos restos naufragados do navio que era comandado pelo notório pirata capitão William Kidd. Os vestígios estão ao largo de uma pequena ilha da República Dominicana. Canhões e âncoras cobertos de cracas foram encontrados a meros 10 metros de profundidade, em águas da Ilha Catalina. Acredita-se que sejam os restos do Quedagh Merchant, um navio abandonado pelo bucaneiro escocês em 1699, disseram pesquisadores da Universidade de Indiana.

"Quando olhei para baixo e vi, não pude acreditar que todo mundo tivesse passado batido por 300 anos", disse o arqueólogo-mergulhador Charles Beeker. "Estive em milhares de naufrágios, e este é um dos primeiros que nunca foram tocados por saqueadores". Beeker diz que o naufrágio era caçado avidamente, inclusive por um grupo autorizado pelo governo dominicano. Historiadores acreditam que o navio saqueado e queimado, pouco depois de ter sido abandonado por Kidd. A República Dominicana licenciou o a Universidade de Indiana para estudar o naufrágio e criar uma reserva submarina, para ser visitada por mergulhadores.

O historiador Richard Zacks, que escreveu um livro sobre Kidd, disse que o escocês se apossou no navio de 500 toneladas no Oceano Índico, mas o abandonou no Caribe quando decidiu ir a Nova York em 1699, para tentar limpar seu nome. O pirata não foi capaz de convencer as autoridades e acabou enforcado em 1701.

Fonte: Agência Estado

Interessante descoberta arqueológica. Mas bom mesmo será quando encontrarem os navios dos Capitães Flint, Ahab e Gancho.

domingo, 11 de setembro de 2011

Inusitados científicos – III


Famoso cientista infectado

Os perigosos agentes patogênicos da família Faecorator transformam matéria cerebral em fecal, fazendo com que as vítimas sintam terrível compulsão de falar besteiras. São mais conhecidos os casos de contaminação de políticos, esportistas e comunicadores de massa, mas ninguém está imune, nem mesmo cientistas famosos.

O grande cientista James Watson tem sido frequente vítima dos perigosos agentes. Há poucos dias, sofreu um ataque de uma das piores espécies, o Faecorator homossanticus, que transforma todo o lado esquerdo do corpo em um segundo lado direito, levando a vítima a proferir manifestações preconceituosas, racistas, homofóbicas e similares. Devidamente medicado, o cientista se recuperou parcialmente, e pediu desculpas. Mas não sei se as desculpas foram tão sinceras: pouco depois, publicou-se que a análise do DNA dele mostrou que ele tem 16 vezes mais genes de origem africana que o europeu médio.

Em ocasiões anteriores, quando infectado por espécies um pouco menos virulentas, o Dr. Watson proferiu as pérolas que se seguem.

–Sobre a obesidade: Whenever you interview fat people, you feel bad, because you know you're not going to hire them.

–Sobre a conveniência de manipular a genética em prol da beleza: People say it would be terrible if we made all girls pretty. I think it would be great.

–Defendendo a tese de que a melanina favorece o impulso sexual: That's why you have Latin lovers. You've never heard of an English lover. Only an English patient.

A última faz algum sentido, pelo menos quanto os ingleses. Mas, por via das dúvidas, Sherlock Holmes faz questão de esclarecer que é um homônimo do assistente dele.

DNA define sensibilidade a cheiro de suor, diz estudo

Uma pesquisa israelense descobriu que um único gene pode ser a explicação do fato de algumas pessoas serem mais sensíveis ao cheiro de suor enquanto outras parecem não notar o odor. Os pesquisadores do Instituto Weizman descobriram que pessoas que têm pelo menos uma versão do gene chamado OR11H7P funcionando normalmente têm hipersensibilidade a este cheiro. O estudo, publicado na revista especializada PLoS Biology, descobriu que as mulheres são um pouco mais sensíveis a muitos tipos de cheiros do que os homens. Além disso, os pesquisadores descobriram que fatores sociais, além dos genes, também são importantes para o olfato.

O olfato geralmente fica em segundo plano, quando comparado a outros sentidos humanos. Mas os humanos podem perceber até 10 mil odores diferentes. Como no caso dos camundongos, humanos têm cerca de mil genes diferentes apenas para os receptores de cheiros do sistema olfativo. Cerca de metade destes genes ficaram inativos nos últimos milhões de anos. Alguns destes genes são "quebrados" em todas as pessoas, e outros ainda funcionam em outros grupos de pessoas.

Notícia completa: BBC Brasil.

Isso explicaria por que o hábito de tomar banho é impopular em certos lugares?

Teste de LSD em elefante lidera lista de experiências bizarras

Em 1962, o diretor do zoológico Lincoln Park, de Oklahoma, nos Estados Unidos, injetou uma dose maciça de LSD no elefante Tusko, em nome da ciência. Tusko se virou, soltou um berro e morreu em menos de uma hora. A dose era três mil vezes maior do que a usada para fins recreativos. Os cientistas justificaram a experiência, dizendo, na época, que queriam ver se a droga detonaria uma condição que afeta machos da espécie conhecida como "musth", na qual eles se tornam agressivos e soltam uma substância grudenta de odor desagradável de suas glândulas. A experiência concluiu que os elefantes são muito sensíveis ao LSD.

Entre as outras experiências da lista, estão o enxerto de cabeça, ombros e pernas dianteiras de um filhote de cachorro no pescoço de um pastor alemão pelo cirurgião soviético Vladimir Demikhov em 1954. Ocasionalmente, as duas cabeças brigavam entre si. A criatura sobreviveu por seis dias. O cirurgião repetiu a experiência outras 19 vezes durante 15 anos e o animal que viveu mais tempo durou um mês. A conclusão: A rejeição dos tecidos torna os animais incompatíveis.

Há ainda o caso do médico que esfregou vômito fresco de pacientes de febre amarela em ferimentos, e chegou a beber o vômito, para tentar provar, erroneamente, que a doença não era contagiosa. Ele ficou doente e mais tarde foi provado que a febre amarela é altamente contagiosa.

Em 1960, dez soldados americanos foram colocados em um avião e, em seguida, informados pelo sistema de alto-falantes que havia um problema e a nave estava prestes a cair. Uma aeromoça então pediu aos soldados, que acreditavam estar diante da morte certa, que preenchessem um formulário da empresa de seguros. Quando o último soldado entregou a ficha, foi explicado que tratava-se de um teste e que ninguém estava morrendo. A experiência revelou que, sob o medo da morte iminente, as pessoas cometem mais erros ao preencher formulários.

Lições aprendidas, portanto:

1. Não dê LSD ao seu elefante de estimação.

2. Duas cabeças nem sempre pensam melhor que uma, pelo menos quando são de cachorro e partilham um só corpo.

3. Não beba vômito, principalmente de pacientes de doença contagiosa.

4. Quando estiver em risco de morte iminente, tome muito cuidado ao preencher formulários.